reajuste acima da inflação apenas para quem recebe o mínimo.

A partir de janeiro de 2024, aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios concedidos pelo INSS estão experimentando um novo cenário financeiro com os reajustes em vigor. A questão crucial é: como esses reajustes são calculados e quem se beneficia mais desse processo?

O cálculo do reajuste

O reajuste, fundamental para manter o poder de compra, é uma resposta à constante desvalorização do dinheiro devido à inflação. Para valores acima do salário mínimo (R$ 1.412), o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do IBGE é o índice escolhido para realizar os cálculos.

Segundo especialistas o INPC é ideal porque foca no consumidor final, especialmente aqueles com renda entre um e cinco salários mínimos, representando fielmente a clientela do INSS.

Impacto no salário mínimo

Enquanto o salário mínimo é estabelecido como o piso do INSS, o teto previdenciário atingiu R$ 7.786,02 em 2024. A distinção é significativa, com 25,9 milhões de pessoas recebendo até um salário mínimo e 13,3 milhões acima desse patamar.

O reajuste do salário mínimo para R$ 1.412 em 2024 foi anunciado pelo governo federal em dezembro. Esse valor representa um aumento superior à inflação, resultante da consideração do INPC e do crescimento do PIB de dois anos atrás, totalizando 2,9% em 2022.

Tendências nos últimos anos

Nos últimos 10 anos, observou-se que o reajuste para quem recebe até o mínimo superou o dos beneficiários de valores mais elevados, exceto nos anos de 2017, 2018 e 2021.

Reajuste proporcional para aposentados em 2023

Aqueles que já estavam aposentados em 2023 e recebem acima do mínimo terão reajuste igual ao INPC. Entretanto, os segurados que se aposentaram ao longo do ano terão benefícios corrigidos proporcionalmente, conforme a tabela abaixo:

  • Até janeiro de 2023: 3,71%;
  • Em fevereiro de 2023: 3,23%;
  • Em março de 2023: 2,44%;
  • Em abril de 2023: 1,79%;
  • Em maio de 2023: 1,26%;
  • Em junho de 2023: 0,89%;
  • Em julho de 2023: 0,99%;
  • Em agosto de 2023: 1,08%;
  • Em setembro de 2023: 0,88%;
  • Em outubro de 2023: 0,77%;
  • Em novembro de 2023: 0,65%;
  • Em dezembro de 2023: 0,55%.

Mudanças nas alíquotas de contribuição

As alíquotas de contribuição para recolhimento ao INSS também foram ajustadas a partir de janeiro de 2024. Confira as mudanças nas tabelas abaixo:

Salário de contribuição e alíquota de recolhimento do INSS:

  • Até 1.412,00: 7,5%;
  • De 1.412,01 até 2.666,68: 9%;
  • De 2.666,69 até 4.000,03: 12%;
  • De 4.000,04 até 7.786,02: 14%.

Salário de contribuição e alíquota de recolhimento do INSS para servidores de cargo efetivo:

  • Até 1.412,00: 7,5%;
  • De 1.412,01 até 2.666,68: 9%;
  • De 2.666,69 até 4.000,03: 12%;
  • De 4.000,04 até 7.786,02: 14%;
  • De 7.786,03 até 13.333,48: 14,5%;
  • De 13.333,49 até 26.666,94: 16,5%;
  • De 26.666,95 até 52.000,54: 19%;
  • Acima de 52.000,54: 22%.

O reajuste do INSS em 2024 traz nuances importantes, beneficiando diferentes grupos de segurados. Entender como os cálculos são realizados e como as mudanças nas alíquotas afetam as contribuições é essencial para quem depende desses benefícios previdenciários. Acompanhe as atualizações para garantir uma compreensão abrangente dessas transformações.

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