A Gol é uma das empresas mais famosas quando se fala em aviação, ao menos no Brasil. Recentemente, a organização surpreendeu investidores ao anunciar, no dia 25/01 (quinta-feira), que sua matriz principal e subsidiárias entrariam com um pedido de recuperação judicial nos EUA.
Segundo o comunicado oficial emitido pela instituição, isso serviria para fortalecer sua posição financeira e que isso não comprometeria nenhum voo, uma vez que todos os trajetos estariam operando normalmente, segundo a programação original.
Além disso, eles também informaram que, nos Estados Unidos, este tipo de processo recebe o nome de “Chapter 11“, e o procedimento se iniciará por um compromisso de financiamento de US$ 950 milhões, na categoria “debtor in possession” (DIP), por pessoas do Grupo Ad Hoc de bondholders da holding Abra e outros bondholders da Abra.
Reflexões do ocorrido no mercado de ações
Este acontecimento repercutiu também no mundo dos investimentos e as ações da gigante da aviação tiveram sua negociação interrompida na B3 até as 17h24. Até aquele momento, os papéis estavam sendo vendidos a R$ 6,65 e apresentavam estabilidade durante o dia.
Seguidamente, quando as negociações retornaram no mercado de ações, houve uma queda de 2,26% no preço dos ativos, que passaram a valer R$ 6,50, fechando o período com 3,16% de diminuição, sendo cotados a R$ 6,44 até o fechamento das operações diárias.
A firma ainda ressalta que o “Chapter 11” se trata de um processo legal nos EUA e é comumente utilizado por companhias que desejam proteger suas operações, levantar capital e implementar reestruturações no longo prazo, enquanto continuam a funcionar de maneira normal.
“A Gol inicia o processo legal nos Estados Unidos com um compromisso de financiamento de US$ 950 milhões, na modalidade “debtor in possession” (“DIP”) por membros do Grupo Ad Hoc de Bondholders da Abra e outros Bondholders da Abra”, informou, destacando que buscará acesso a esse financiamento como parte da audiência do Primeiro Dia com o Tribunal dos EUA, prevista para os próximos dias.
Este financiamento deverá ser aprovado judicialmente e, em conjunto com os valores gerados pelas operações da corporação, irá fornecer a liquidez necessária para apoiar as operações que seguem no mesmo ritmo de antes durante todo o procedimento.
“A companhia espera sair desse processo com um investimento significativo de capital, incluindo os novos US$ 950 milhões em financiamento DIP, posicionando-a para expandir sua posição como Companhia aérea líder na América Latina”, afirmou.