O cenário global sofreu reviravoltas desde o início da pandemia de Covid-19 em 2020, não apenas nas questões de saúde, mas também nos hábitos cotidianos, incluindo a maneira como realizamos transações financeiras.
Uma das mudanças mais marcantes foi a ascensão dos pagamentos por aproximação, uma comodidade impulsionada pela tecnologia NFC, presente em muitos cartões de crédito atuais. No entanto, essa praticidade não está isenta de desafios, sendo o “golpe da maquininha” uma ameaça cada vez mais presente.
O modus operandi do golpe é enganosamente simples: o golpista configura um valor na maquininha e, em locais públicos movimentados, tenta aproximar a máquina de cartões guardados em bolsos ou bolsas.
Nesse cenário, a transação é concluída sem que a vítima perceba, aproveitando-se da tecnologia NFC que dispensa a inserção de senha.
Como funcionam os pagamentos por aproximação?
Em termos simples, o pagamento por aproximação é viabilizado pela tecnologia NFC (Near Field Communication, ou Comunicação por Proximidade, em português).
Quando o cartão está próximo da maquininha, um eletroímã presente no dispositivo de pagamento estimula uma bobina dentro do cartão, gerando energia e ativando um sistema de rádio.
Esse sistema é responsável por transmitir as informações essenciais para a autorização do pagamento.
Assim, a transação ocorre apenas quando o cartão e a maquininha estão extremamente próximos, uma condição facilmente alcançada em ambientes lotados, como transporte público ou eventos.
Proteção contra golpes
Bancos disponibilizam alguns mecanismos de proteção, como a possibilidade de estipular um valor máximo para compras sem a necessidade de senha. Embora isso limite o montante que o golpista pode retirar em uma única transação, não oferece uma proteção total.
Outra alternativa são as carteiras digitais em smartphones, adicionando uma camada extra de segurança. Nestes casos, o pagamento só é autorizado se o aparelho estiver desbloqueado, independente do valor da compra, proporcionando uma forma de evitar o uso do cartão físico.
Métodos adicionais de proteção
Para os adeptos de soluções mais convencionais, há a opção de criar uma “gaiola de Faraday” para o cartão. Esse método envolve o revestimento do cartão em papel alumínio, impedindo a comunicação entre o cartão e a maquininha, e, por conseguinte, evitando a realização da transação não autorizada.