Atendimento

(11) 2372-6352

Inadimplência recua em ritmo lento; veja dica para evitar dívidas

repasse especial no dia 02/01; veja quem recebe

Pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio) mostra que a inadimplência está caindo. Nos últimos cinco meses, mais de 2,6 milhões de brasileiros saíram dessa condição. Mas o ritmo é lento: três de cada dez famílias ainda estão com as contas atrasadas.

Entre as mais pobres, com renda mensal de até três salários mínimos, esse percentual sobe para 36%. Já o grupo de endividados, que inclui qualquer pessoa que compra parcelado e que paga ou não em dia, atinge 76% das famílias, 2 pontos percentuais a menos que no mesmo período de 2022.

O especialista em finanças pessoais Renan Diego explica o porquê de a inadimplência diminuir de forma tão lenta entre os brasileiros.

“A inadimplência no Brasil ainda é alta, por alguns fatores que faltam desde a base da cultura do Brasil, como falta de educação financeira. A maioria dos brasileiros gerencia seu dinheiro de maneira intuitiva, ou seja, vai gastando até acabar, sem nenhum tipo de planejamento financeiro. Outro ponto que atrapalha o brasileiro é a falta de uma reserva financeira para o caso de um imprevisto ou emergência, o que faz com o que ele recorra a empréstimo com altas taxas de juros. Sem essa reserva, quando o brasileiro fica desempregado, acaba não conseguindo manter o padrão de vida e acumulando mais dívidas”, ressalta Renan.

Vários motivos levam ao endividamento dos brasileiros. Segundo os especialistas, a renda média dos trabalhadores, que é de quase R$ 3.000 por mês, é um deles. Uma prestação de R$ 300, por exemplo, já compromete 10% do orçamento de muitas famílias.

Outro problema é que, com a facilidade de parcelar as compras, as pessoas se esquecem de fazer as contas, segundo Renan. Assim, o que parecia uma vantagem acaba se tornando uma dívida difícil de quitar.

O número de pessoas que dizem que não vão conseguir pagar o que devem aumentou em relação a novembro de 2022: são 12,5% das famílias; 17% entre as que ganham menos. Ainda segundo a pesquisa, 86% fizeram dívidas com cartão de crédito.

Para Renan Diego, o comportamento do brasileiro em relação às finanças pessoais não ajuda a mudar esse cenário crônico.

“Com toda certeza, o desemprego, a diminuição da renda média familiar e as compras para terceiros influenciam muito na inadimplência dos brasileiros, mas a falta de educação financeira é na, minha opinião, a maior influência, pois dificuldades e imprevistos todos nós passamos e vamos continuar passando, o que muda é como passamos por eles e o quanto estamos preparados para isso. Se os brasileiros tivessem a cultura de administrar seu dinheiro, criando um planejamento financeiro mensal que desse para pagar suas contas e ainda guardar para possíveis emergências, muita coisa seria evitada em meio a um imprevisto”, argumenta ele.

Ainda segundo o especialista, uma alternativa para resolver esse problema seria conscientizar a população sobre o valor do dinheiro.

“Uma das maiores dificuldades dos brasileiros é conseguir evitar as compras por impulso, que na maioria das vezes nem eram necessárias. Para evitar as compras por impulso e ajudar consequentemente o brasileiro a não ficar inadimplente, há uma técnica que ajuda a ficar no controle das finanças. Toda vez que for comprar por impulso, use a regra das 24 horas. Espere 24 horas antes de comprar, pois assim se tira a emoção, que é o que faz a gente comprar, e entra a razão, provavelmente após as 24 horas, a pessoa não vai nem lembrar que queria comprar, se realmente for uma compra por impulso”, diz.

“Mas, se após 24 horas ainda quiser comprar, utilize a técnica das três perguntas, onde se vai responder sim ou não, se responder não para qualquer uma, não vai fazer a compra, se responder sim, passa para a próxima e só compre se for ‘sim’ para as três perguntas, que nesse caso não será uma compra por impulso. A primeira pergunta que se tem de fazer é: eu realmente quero isso? A segunda é: eu preciso disso? E a terceira é: eu posso comprar isso? Utilizando essa técnica, você vai começar a valorizar mais o dinheiro, para começar a guardar para uma reserva de emergência para ajudar em momentos difíceis”, completa.

Inadimplência atinge quase 72 milhões de pessoas no país
Fonte original do artigo

Compartilhe

Precisa organizar sua contabilidade?

Fale Conosco