jovens ‘nem-nem’ deixam de contribuir com R$ 46,3 bilhões no PIB brasileiro

Uma parte da juventude, frequentemente rotulada como “nem-nem” por não trabalhar nem estudar, tem um impacto expressivo na economia brasileira, conforme apontam dados recentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A ausência de contribuição desses jovens entre 18 e 24 anos gera repercussões significativas no Produto Interno Bruto (PIB) do país, revelando números surpreendentes.

O cenário dos ‘nem-nem’ e seu impacto econômico

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o contingente de jovens desocupados no Brasil atinge cerca de 10,9 milhões. Dentro desse grupo, 4,7 milhões não buscam empregos ou gostariam de estar inseridos no mercado de trabalho, mas encontram-se fora dessa dinâmica.

A CNC adotou uma abordagem cuidadosa ao analisar os dados relacionados ao mercado de trabalho e ao PIB, concentrando-se em uma faixa etária específica presente nos registros oficiais, totalizando 7,6 milhões de jovens. Os números revelam que essa parcela da população, se participasse ativamente, poderia agregar expressivos R$ 46,3 bilhões ao PIB brasileiro.

Analisando o potencial econômico não realizado

A pesquisa da CNC destaca que, se os jovens “nem-nem” estivessem inseridos no mercado de trabalho ou em instituições educacionais, o PIB brasileiro teria alcançado a marca de R$ 10,146 trilhões em 2022.

Essa cifra supera o valor real obtido, que foi de R$ 10,1 trilhões. Os números evidenciam a relevância dessa fatia da população na dinâmica econômica nacional.

Além do aspecto quantitativo, é importante considerar os impactos socioeconômicos dessa realidade. Jovens fora do mercado de trabalho e educação enfrentam desafios no desenvolvimento de habilidades, oportunidades de carreira e crescimento pessoal.

Isso não apenas afeta o presente desses indivíduos, mas também o futuro do país em termos de produtividade e competitividade global.

Desafios e oportunidades: propostas para reverter o quadro

Diante desses dados, torna-se evidente a necessidade de intervenções governamentais voltadas para a inclusão desses jovens no mercado de trabalho e na educação. Iniciativas que estimulem a empregabilidade, o empreendedorismo e o acesso à educação podem ser fundamentais para reverter esse cenário.

Além das ações governamentais, é crucial promover conscientização e orientação para os jovens sobre as diversas oportunidades disponíveis. Programas de mentoria, capacitação e suporte psicológico podem contribuir para que essa parcela da população se sinta motivada e preparada para integrar-se ativamente na sociedade.

Os dados da CNC destacam que a juventude “nem-nem” não representa apenas uma estatística, mas um componente substancial na equação econômica do Brasil.

A compreensão desse cenário e a implementação de estratégias eficazes são essenciais para transformar o potencial não realizado em oportunidades significativas, beneficiando não apenas os jovens, mas toda a nação.

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